Site Japonês x Ocidental, Marca fashion que usa modelos feitos com IA, Vingança, Digitalização da vida, Nossa mente envelhecendo
Curadoria de seg a dom 15–21 de maio, 2023.
Origem dessa Digest: descubra aqui ☄️
1) Por que sites japoneses são diferentes dos ocidentais?
A coisa mais legal sobre esse artigo foi descobrir que criar novos designs de tipografias para o alfabeto japonês (coreano e chinês também!) é mais complexo do que criar para o alfabeto romano-latino, o que torna a diferenciação e personalização dos sites asiáticos mais limitado. Além disso, a Mirijam também faz uma análise legal pelo viés cultural das diferentes formas que asiáticos e ocidentais "escaneiam" a informação de uma imagem.
2) Storvo: marca de moda que usou IA para gerar fotos de modelos
Estou completamente louca por esses moletons, mas estou ainda mais louca pela forma como esse drop de peças foi exibido. Como uma designer que fez muitos mock-ups no passado para apresentar projetos em ideação para clientes, eu diria que esses mock-ups foram os melhores produtos finais que vi nos últimos tempos. A galera elevou o nível do mock-up de um jeito inteligente e o que vou fazer aqui é uma análise de design básica baseado no que percebi e gostei no trabalho deles.
Nenhuma dessas pessoas abaixo existem de verdade, o que já elimina a necessidade de um super casting de modelos (me perdoem aos modelos humanos, não é um incentivo ao descarte de vocês, mas é uma possibilidade a mais para marcas independentes explorarem a criatividade e viabilidade). As características físicas, postura e estilo eu facilmente atrelaria à Storvo já que a identidade de jovem alternativo deles é bem forte. Olhei essas faces e imediatamente pensei: essa galera é muito Storvo! Haha o poder de um branding né, menines.
O mix humano com elementos robóticos também entregam a atmosfera acizentada, ciborguista e futurista que ficou bem interessante na temática da coleção (amei a mistura de realidade e ficção), a aplicação das estampas nos modelos ficaram bem feitas e o efeito de "malha/grid" discreto com baixa exposição nas fotos também criou um conforto visual delicioso sem comprometer a identificação das peças (arrisco a dizer que foi um truque elegante para camuflar o efeito de "pele plastificada" que as imagens geradas por IA ainda não conseguem tal perfeição). Apaixonada real por esse trabalho.
3) Podcast: vingança compensa?
Esse foi o último episódio que saiu do vibes em análise (do André Alves e Lucas Liedke), podcast sobre comportamento e cultura que sou fã. De Shakira, Miley Cyrus e até ataques às escolas, a vingança aqui é desnudada e tratada pela ótica da psicanálise e os meninos (com participação da filósofa maravilhosa Marcia Tiburi), como sempre, trouxeram ótimas provocações, reflexões e cenários que facilmente me fizeram borbulhar em pensamentos e boas conclusões. Confesso que até desisti de uma possível vingança mesmo não me importando tanto com o carma que eu teria, risos. Enjoy o papo! :)
4) Podcast: Digitalização da vida
Semanas e semanas ainda me alimentando e digerindo várias provocações filosóficas do Byung-Chul Han, encontrei mais um pouco de bons devaneios acerca das problemáticas do nosso tempo em relação ao trabalho e a vida pós digitalização.
Eu faria uma sinopse mais interessante se esse episódio não tratasse de TANTOS bons assuntos correlacionados, não consegui escolher um, mas valeu a pena cada segundinho lavando a louça enquanto ouvia os meninos.
5) O mundo moderno está envelhecendo sua mente
O título é tendencioso e intuitivamente soa óbvio? Sim, todo mundo sabe que a saúde do mundo está cada vez mais comprometida em algum aspecto por algum motivo da aceleração de quase tudo (tecnológica, capitalista, comportamental, informacional, etc). Estamos incorporando a própria Evelyn Wang em Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo com tanta aceleração que o contexto moderno está exigindo da gente.
A pesquisa que usaram para fundamentar a afirmação do título foi feita com um povoado de um vilarejo na Bolívia em relação ao workaholismo de pessoas do ocidente. Sem querer demonizar o mundo moderno, é claro que o progresso trouxe muitos benefícios, assim como a falta dele no povoado boliviano facilitou a taxa de infecção de doenças nas pessoas, mas o cérebro e o coração desse povoado é bem mais saudável e envelhece num ritmo bem mais lento que o nosso. A diferença é que é mais fácil levar médicos e tecnologia mínima para diminuir as infecções dessa galera remota do que diminuir o ritmo ocidental para os nossos corações baterem saudáveis por mais tempo. É de se pensar.
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Bisous, bisous 🦚
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